quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Unidade de Ensino Especial

 Os alunos da Unidade de Ensino Especial trabalharam, na biblioteca, o poema O meu cavalo das sete cores, de António Manuel Couto Viana, 





O meu cavalo das sete cores


Era branco o meu cavalo,
Certo dia quis pintá-lo.

Mas estava sem saber
Que cor iria escolher.

Olho o céu que me aconselha
As cores do arco-da-velha.

Pintei-o, então, com cuidado,
Do violeta ao encarnado.

Quem tem cavalo mais belo?
Logo o arreio, logo o selo,

Logo o monto, decidido:
 Eu alegre, ele garrido.

Mas quando o meti à estrada
Deixou a cor encarnada.

E a agitar a crina em franja
Desbotou-lhe a cor laranja.

Dou-lhe, por meta, uma estrela.
E que é da cor amarela?

Foi pastar ao prado e perde
A quarta cor: a cor verde.

Sopra-lhe o vento do Sul
E leva-lhe a cor azul.

Vêm as chuvas de Abril
E apagam-lhe a cor de anil.

  Corre, então, como uma seta
 E foge-lhe a cor violeta.
                                        
E agora monto, discreto,
 Um cavalo todo preto.

                                                                             António Manuel Couto Viana



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